domingo, 26 de setembro de 2010

Manual de Redação

Por Felipe Mittelman

A / Há

A utilização dos termos ‘a’ e ‘há’, quando se referindo ao tempo, incita muitas dúvidas. Geralmente, a preposição ‘a’ indica o futuro: “O bebê deve nascer daqui a uma semana”. Já o verbo ‘haver’ indica o passado e pode sempre ser substituído por ‘faz’: “O bebê nasceu há uma semana”.
Contudo, a preposição ‘a’ pode indicar qualquer distanciamento no tempo, seja passado ou futuro: “A dezesseis anos da morte de Ayrton Senna, uma produtora lançou um filme sobre sua vida”; “As Olimpíadas no Brasil vão acontecer daqui a seis anos”. Para resolver a confusão, basta substituir o a dessas duas frases por ‘faz’. Se a oração perder o sentido, o ‘há’ não pode ser empregado.

Haver

O verbo ‘haver’ é uma fonte permanente de erros, e deve-se prestar muita atenção quando for empregá-lo, em especial nos seguintes casos:

– No sentido de ‘existir’ ou para designar tempo passado, o verbo é impessoal na terceira pessoa do singular: “Há muitos anos eu não a vejo”.

– Com o advérbio ‘atrás’, para não expressar a idéia de passado duas vezes: “Doze anos atrás” ou “Há doze anos”, nunca “Há doze anos atrás”.

– Para indicar distanciamento no espaço ou no tempo (passado ou futuro), é preferível usar a preposição ‘a’: “A peça estréia daqui a um mês”, “O avião voava a dois mil metros de altitude”.

– Quando utilizado em locução verbal, use o verbo no pretérito imperfeito (‘havia’ no lugar de ‘há’): “Estava morando ali havia cinco meses”, e não “Estava morando ali há cinco meses”.

– Quando ‘haver’ for o verbo principal em uma forma composta, o auxiliar também se torna impessoal: “Poderá haver dúvidas”.

A fim de / Afim

A locução ‘a fim de’ significa com o objetivo de: “A loja abriu durante o feriado a fim de aumentar as vendas naquele mês”. O adjetivo ‘afim’ indica afinidade, parentesco: “Esses são assuntos afins”.

Assistir

O verbo é utilizado mais usualmente no sentido de ‘ver’, ‘olhar’. Neste caso, ele é transitivo indireto e pede a preposição ‘a’ (ainda que coloquialmente seja utilizado como transitivo direto): “assistir à televisão”. Contudo, ele apresenta mais dois sentidos: de ‘prestar assistência’ e de ‘residir em algum local’. No sentido de prestar assistência é sempre transitivo direto: “O médico assistiu o doente”. Já no sentido de morar, ele é transitivo indireto e pede a preposição ‘em’: “Joãozinho assiste no Rio de Janeiro”.

Dia a dia / Dia-a-dia

Sem o hífen, significa o ‘dia após dia’, como em “Dia a dia, a menina ia ficando mais inteligente”. Já com o hífen, significa o substantivo: “O dia-a-dia do açougueiro era cansativo, mas prazeroso”.

Hífen

O uso do hífen varia de acordo com os prefixos (ou falsos prefixos) e as palavras subsequentes envolvidas:

– Vogais iguais: Usa-se o hífen quando o prefixo e o segundo elemento juntam-se com a mesma vogal.          Ex: “micro-ondas”, “anti-inflamatório”. A exceção são os prefixos ‘co’, ‘pro’, ‘pre’ e ‘re’, que se juntam ao segundo elemento, ainda que este inicie pelas vogais o ou e: “cooperar”, “preenchimento”.

– Vogais diferentes: Não se usa o hífen quando os elementos se unem com vogais diferentes. Ex: "autoescola", "semiaberto".

– Consoantes iguais: Usa-se o hífen se a consoante do final do prefixo for igual à do início do segundo elemento. Ex: "inter-racial".

– Se o segundo elemento começa com 's' ou 'r': Não há hífen quando o segundo elemento começa com s ou r. Nesse caso, duplicam-se as consoantes. Ex: "minissaia", "ultrassom".           Contudo, a regra anterior se sobrepõe a essa: "super-resistente".

– Se o primeiro elemento, terminado em 'm' ou 'n', unir-se com vogais e 'h', 'm' ou 'n'. EX: "circum-navegação", "pan-hispânico", "pan-americano".

– ‘Ex’, ‘sota’, ‘soto’, ‘vice’: Usa-se sempre o hífen com estes prefixos. EX: "ex-presidente", "vice-rei".

– 'Pré', 'pós', 'pró': Usa-se hífen com estes prefixos, se tônicos e acentuados com autonomia. Ex: "pré-escolar", "pós-graduação". Se os prefixos não forem autônomos, não haverá hífen: "predeterminado".

– O prefixo termina em vogal ou 'r' e 'b' e o segundo elemento se inicia com 'h'. Ex: "anti-herói", "super-homem". São duas as exceções para essa regra: as grafias consagradas, como"desumano" e "reabilitar", e se houver perda do som da vogal final, quando é preferível não usar hífen e eliminar o h: "clorídrico" (cloro + hídrico).

– Sufixos de origem tupi: Usa-se o hífen com sufixo de origem tupi, quando a pronúncia exige distinção dos elementos. Ex: "Anajá-mirim", "capim-açu".

Vale a Pena

O termo ‘valer a pena’ incita dúvidas quanto à utilização da crase. O correto seria ‘valer a pena’ ou ‘valer à pena’? Para encontrar a resposta, basta substituir a palavra ‘pena’ por outra no masculino, como ‘sacrifício’. Daí é possível perceber que o correto é sem crase, pois seria ‘vale o sacrifício’ e não ‘vale ao sacrifício’.

sábado, 25 de setembro de 2010

Manual de Redação para a web

Por: Cristiane Costa

Para aqueles que escrevem em seus blogs e planejam trabalhar em redações online, seria legal dar uma olhada neste livro disponibilizado gratuitamente na rede. Em "Como escrever para a web", Guillermo Franco utiliza exemplos práticos para dar dicas sobre a redação jornalística para a internet.

Clique no link ao lado e baixe o livro: http://knightcenter.utexas.edu/pt-br/node/38?sms_ss=email

Além do Último Sinal

Por: Jânio de Freitas
Indicado por: Cristiane Costa

Um aviso de perigo, na via política, foi ultrapassado.

A entrada em cena de forças extrapolíticas, motivadas pelo confronto entre Lula e os meios de comunicação com maior presença, reproduz o mais conhecido dos passos que levam situações tensas a enveredar por processos que fogem ao controle com facilidade. E, se isso ocorre, põem em risco a integridade institucional -o próprio regime.
Se os meios de comunicação têm extrapolado ou não, no tratamento aos casos do sigilo violado na Receita Federal e das irregularidades originadas no Gabinete Civil da Presidência, até agora não houve indício algum da finalidade golpista acusada por governistas.

O que pode ser apontado são propósitos eleitorais. Mas os meios de comunicação brasileiros nunca deixaram de ser parte ativa nos esforços de conduzir o eleitorado. Sua origem e sua tradição são de ligações políticas, como agentes de facções ou partidos. Só em meado do século passado dá-se a primeira e derrotada tentativa, no “Jornal do Brasil”, de prática desconectada de segmentos políticos.

Na atual campanha, os meios de comunicação com maior presença são passíveis de acusações como desequilíbrio no ânimo em relação a este ou àquele candidato; de parcialidade no interesse em eventos de um ou de outro, e, no noticiário das irregularidades, de precipitações e erros que são os mesmos cometidos na cobertura de todos os escândalos.

À parte atingida cabe reagir na medida do possível, que, em geral, não é muito. E às vezes é quase nada, porque a própria reação está sujeita ao que é acusado no principal. Mas assim é a etapa em que a sociedade brasileira ainda está.

Daí a golpismo, na atualidade, a diferença é total. Idêntica à diferença entre prática primária da democracia e o golpismo com que o país conviveu por décadas, até o maior dos golpes.
No outro lado, nenhum fato sustenta a ameaça à democracia atribuída a palavras ou atos de Lula. As reações ao que considera insultuoso, ou injusto, ou inverdadeiro são à sua maneira: com destempero deplorável, nas palavras e na teatralidade da exaltação. Sem consideração alguma, até muito menos do que pelos adversários, pela própria condição de presidente da República. A faixa presidencial ainda não se distinguiu, para Lula, da camisa do Sindicato dos Metalúrgicos.

Nenhum espetáculo e nenhum ato presidencial pode ser apontado, com seriedade, como ameaça à democracia. Nem o mais acusado deles, a alegada ameaça à liberdade de imprensa. A proposta petista de criação do Conselho Nacional de Jornalismo, ou algo assim, vale mais uma discussão do que poderia ser, a serviço de todas as partes, do que qualquer das acusações trocadas.
Conselho de Jornalismo não é embaixada do inferno, não é chavismo, não é ditadura, necessariamente. São muitos os países “civilizados” e democráticos em que tal conselho existe.
Na França, por exemplo, foi criado há muito tempo, prestou muitos serviços e ninguém pensa em dissolvê-lo, assim como o da TV. A Inglaterra, os países nórdicos e outros têm as suas formas de conselho. Discuti-lo no Brasil seria difícil, mas não ameaçaria a democracia ou a liberdade de imprensa.

A esse conjunto de desproporções e deformações vêm somar-se três iniciativas. Sindicatos e jornalistas resolvem fazer uma manifestação pública contra os meios de comunicação. O que pode vir daí senão o acirramento de um lado e de outro? A dez dias das eleições, nem alguns trocados eleitorais essa manifestação localizada pode obter. Sua aparência é só a de um ato de indignação.

A pouco mais de uma semana das eleições, professores, advogados, escritores, e outros, fazem manifestação pública e lançam um manifesto “contra a marcha para o autoritarismo”. Haverá mesmo tal marcha, pelo fato de que Lula, nos estertores do seu mandato, rebaixa a função presidencial à de marqueteiro e cabo eleitoral? Se não está aí, o que indicaria que a prevista eleição de Dilma Rousseff é a marcha para o autoritarismo? É óbvio que o papel assumido por Lula macula a disputa.

Mas o que mais suscita reação, parece claro, não é o papel em si, que a lei nem cuidou de restringir: é que Lula o assume do alto de uma popularidade devastadora, que cai sobre os adversários. Nem por isso, no entanto, até agora sinalizadora de ameaças à democracia.

Por fim, um convite. O Clube Militar convida para um “painel”, às 15h de hoje em sua sede no Rio, com dois jornalistas de oposição a Lula e ao governo. Sobre nada menos do que “A democracia ameaçada: restrições à liberdade de expressão”. Tivemos longo aprendizado do interesse militar por ameaças à democracia e pelas restrições à liberdade de expressão. O título do “painel” não esclarece o sentido atual dado às expressões, mas tanto faz. Sua realização é sugestiva por si só.

As três iniciativas, à parte seus objetivos, são formas fermentadas das tensões decorrentes do processo eleitoral e das feições que tomou. Mas correm o risco de estimular projeções para depois do resultado eleitoral, e sobre ele. E, a depender do resultado, o risco de transpor o início do futuro governo. Como já aconteceu tantas vezes, nenhuma para resultar em algo bom.

Publicado em: http://napraticaateoriaeoutra.org/?p=7094

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Critérios de noticiabilidade

- Alguns parâmentros que podem ser utilizados para definir o que é notícia, as notícias mais importantes.

• Notoriedade > Famosos
• Impacto
• Repercussão: no meio/ na Internet
• Proximidade geográfica
• Abrangência
• Política editorial
• Polêmica
• Emoções fortes: sexo/ violência
• Ineditismo: furo/ exclusivo; raridade
• Descobertas e invenções
• Gancho
• Humor
• Utilidade
• Humanidade
• Comoção
• Consequências
• Interesse pessoal
• Rivalidade

Obs.: Em geral, as notícias de maior destaque acumulam mais de uma dessas características.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Manual de Redação - "Afim" ou "A fim" & Cacoetes de linguagem

                                                            Por Alyssa Gomes, Júlia Mandil e Rafael Soares


“Afim” e “A fim de”
Uma das grandes dúvidas ao escrever um texto é diferenciar o uso das expressões “a fim de” e “afim”. Apesar da grafia semelhante, elas são usadas em contextos diferentes. “A fim de” é uma locução que indica finalidade, “com objetivo de”. Um exemplo claro é a frase: Escreveremos esse texto a fim de esclarecer dúvidas de estudantes de jornalismo.
Já “afim” é um adjetivo que traz a ideia de similaridade, afinidade. Um exemplo, muito usado na área comercial, é: Vendemos brincos, colares, aneis e afins.
Cacoetes de Linguagem
Existem expressões que foram ao longo do tempo incorporadas ao vocabulário da língua portuguesa e são usadas com muita freqüência em nosso cotidiano. No entanto, devemos estar atentos quanto ao uso delas ao escrever um texto. Nos manuais de redação dos grandes jornais há sempre uma lista de expressões a serem evitadas – e sugestões para substituí-las.
É preciso estar atento também ao tipo de texto que se pretende redigir; Enquanto numa noticia certas construções são dispensáveis, num texto mais autoral podem dar leveza ou ironia. A seguir algumas dessas expressões:
Abrir com chave de ouro       visivelmente emocionado
Erro gritante                          rota de colisão
Óbvio ululante                       caixinha de surpresas
Outro vício de linguagem é o emprego de palavras formais quando o melhor a se fazer é substituí-las por palavras mais simples, de fácil entendimento para o leitor. Mais usadas:
Colisão – batida         Residência - casa
Falecer – morrer        Miserável - pobre
Esposa – mulher         Sanitário - banheiro

Manual de Redação - Uso de verbos declarativos nos jornais

Por Daniel Barros, Ricardo Porto
e Saulo Guimarães

Segundo o Manual da Redação da Folha de São Paulo, o jornalista precisa tomar cuidado com o uso dos verbos declarativos na reportagem. A utilização inadequada pode significar juízo de valor mesmo sem a intenção do repórter. Para evitar tal situação, recomenda-se o uso de verbos que considera “neutros” ao invés de usar aqueles que possuem carga “negativa” ou “positiva”. Deve-se lançar mão desses somente em suas acepções precisas. Para exemplificar, o Manual apresenta o seguinte quadro comparativo:

Verbos declarativos
Neutros



  • afirmar


  • declarar


  • dizer


  • falar


  • perguntar


  • responder
Com carga positiva



  • argumentar


  • concluir


  • expor


  • garantir


  • lembrar


  • prometer


  • ressaltar


  • salientar
Com carga negativa



  • admitir


  • alegar


  • confessar


  • reconhecer


  • jurar

Em contrapartida, o Manual de Redação do jornal O Globo não indica o melhor uso dos verbos declarativos, oferecendo apenas noções básicas de regência e significado correto de alguns deles.

Ao analisarmos duas reportagem, uma do jornal Folha de São Paulo e outra do jornal O Globo, verificamos que o segundo usa frequentemente os verbos declarativos considerados “não-neutros” pelo Manual da Redação da Folha de São Paulo. Entretanto, consideramos que tais verbos assumiram carga positiva ou negativa de acordo com o contexto em que foram colocados.

Matéria I: “Lula: tucanos não têm competência” - Jornal O Globo – Caderno O País – 10/09/10

Lula criticou as privatizações sem citar o nome do ex-presidente e afirmou que os tucanos não têm competência para governar.


  • Na verdade, eles não gostam e não tem competência para governar porque a única coisa que eles aprenderam a fazer foi vender o que não era deles, que era o bem público produzido por este país – criticou o presidente, que citou as estradas (…).
Nesse trecho, os verbos “criticar”, “afirmar” e “citar” foram utilizados sem juízo de valor, segundo o contexto da notícia.


  • Essa gente que era metida e sabida, que andava de nariz em pé, ficava todo dia de quatro diante do FMI – bateu Lula.
Consideramos, nesse caso, que o verbo “bater” foi usado de maneira inapropriada, com juízo de valor em cima da fala do presidente.

Em outro trecho, houve a presença do verbo “ironizar”, que poderia denotar juízo de valor. Porém, consideramos que o contexto justificou o uso da palavra.

- A nossa disputa com os tucanos não é porque nós temos inimizade com eles. Aqui não tem nada pessoal, é divergência política. Eles têm que explicar o pedágio daqui (Ribeirão Preto) para São Paulo: 300 quilômetros custam R$ 46 e nós do governo federal fazemos de São Paulo a Belo Horizonte, 560 quilômetros, são R$ 7,60 - comparou o presidente, ironizando os tucanos – Com esse pedágio, dá pra fazer estrada até com meio-fio de diamante.

Nas demais partes da reportagem, o jornal manteve a utilização de verbos como “dizer” e “afirmar”, considerados neutros.

Matéria II: “Candidatos discutem nova Constituinte” - Jornal Folha de SP – Caderno Poder – 28/08/10
Nesta reportagem, predominou o uso de verbos declarativos considerados neutros, seguindo a orientação do Manual da Redação do próprio jornal.

"O Brasil se tornou ingovernável com as atuais estruturas", diz Santos: "A revisão seria em apenas um ato e teria o prazo máximo de 12 meses. Seria a reforma política de que o país necessita".
As candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) declaram ser a favor da revisão constitucional.
Instada a falar sobre como fazer uma reforma política, Dilma declarou no debate Folha/UOL: "Uma das possibilidades é justamente essa (...) da Constituinte exclusiva. Porque seria uma forma de você ter um conjunto de pessoas escolhidas e eleitas sem interesse específico na matéria, porque não continuariam, para legislar sobre uma questão tão relevante como é a reforma política".
O deputado Michel Temer (PMDB-SP), vice na chapa de Dilma, detalha em que condições considera razoável haver algum tipo de revisão constitucional.
"A reforma política é a mãe das reformas (...) Propus uma Constituinte exclusiva para que possamos realizar as reformas", afirma Marina.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Revisão textual: Lista de checagem

Ao revisar um texto é necessário estar atento aos seguintes aspectos:

• Abertura de parágrafo (Cuidado com a repetição de fórmulas!)
• Texto (Ter atenção à repetição de estruturas!)
• Erros de concordância
• Vírgulas (especialmente entre sujeito e verbo)
• Verbos mal usados (principalmente os declaratórios)
• Grafia de nomes e cidades, bem como das demais palavras
• Números e porcentagens
• Cacófatos (expressões que podem soar mal ou dar margem a um duplo sentido)
• Porquês
• Novo Acordo Ortográfico
• Acentuação
• Separação de sílabas (O recurso oferecido pelos programas de computador estão sujeitos a falhas.)
• Hífen
Em caso de dúvidas basta consultar o "Manual da Redação" para evitar e/ou corrigir possíveis erros.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Manual de Redação - Cacoetes de Linguagem


Por Carlos Felipe Falcão, Gregory Kaskus e Gonçalo Luiz
 
- Evite expressões pobres de valor informativo. Dispense também modismos ou chavões que vulgarizam o texto jornalístico. Corte ou substitua essas expressões sempre que possível.

- Evite expressões e palavras que dêem tom preciosista ou exagerado ao texto. Use o vocabulário coloquial.


Evite o uso de expressões como:

· Abrir (fechar) com chave de ouro             ·  Antes de mais nada
· Aparar as arestas                                     ·  Ataque fulminante
· Atirar (lançar) farpas                                ·  A todo vapor
· Avançada tecnologia                                ·  A voz rouca das ruas
· Bater de frente                                         ·  Caixinha de surpresas
· Calorosa recepção/caloroso abraço         ·  Caminho já trilhado
· Cardápio da reunião                                ·  Carreira meteórica
· Catapultar                                               ·  Causar espécie
· Chegar a denominador comum                ·  Com direito a...
· Congestionamento monstro                     ·  Consequencias imprevisíveis
· Consternar-se profundamente                 ·  Corações e mentes
· Coroar-se de êxito                                 ·  Correr por fora
· Detonar um processo                              ·  Disparar (dizer)
· Dispensa apresentações                          ·  Do Oiapoque ao Chuí
· Pesadas críticas                                      ·  Em nível de...
· Erro gritante                                           ·  Escoriações generalizadas
· Estrondoso sucesso                                ·  Extrapolar
· Familiares inconsoláveis                          ·  Fazer por merecer
· Fonte inesgotável                                    ·  Fortuna incalculável
· Gerar polêmica                                       ·  Importância vital
· Inflação galopante                                   ·  Inserido no contexto
· Joia da coroa/cereja do bolo                   ·  Líder carismático
· Luz no fim do túnel                                  ·  Na vida real
· No fundo do poço                                   ·  Óbvio e ululante
· Os quatro cantos do mundo                     ·  Pavoroso incêndio
· Perda irreparável                                     ·  Pergunta que não quer calar
· Preencher uma lacuna                              ·  Quebrar o protocolo
· Requintes de crueldade                            ·  Respirar aliviado
· Rota de colisão                                        ·  Ruído ensurdecedor
· Sal da terra                                              ·  Ser o azarão
· Sonora vaia                                             ·  Trair-se pela emoção
· Trocar figurinhas                                      ·  Usina de ideias
· Verdadeiro tesouro                                  ·  Via de regra
· Visivelmente emocionado                         ·  Vítimas fatais
· Vitória esmagadora

Conhecendo a Cidade do Cabo


Por Gregory Kaskus


A Cidade do Cabo, ou Cape Town, é um dos destinos turísticos mais procurados no mundo. Famosa por suas belezas naturais, ela é também a segunda maior cidade da África do Sul e tem como uma de suas principais características a miscigenação de culturas e de programas a serem feitos. Cosmopolita como poucas, a Cidade do Cabo une holandeses, ingleses, franceses, judeus, muçulmanos, negros e brancos, dentre outros. Isso é fruto da histórica localização estratégica nas rotas marítimas comerciais dos europeus às Índias.
Começar por conhecer as famosas e belíssimas praias da cidade impressiona qualquer turista. As opções são diversas e para os mais variados gostos: Clifton é repleta de artistas e modelos locais e internacionais e Bikini Beach é uma pequena e excelente praia para se relaxar, nadar e mergulhar em águas límpidas e não muito frias. O dia pode ser encerrado em Dolphin Beach, onde são tiradas belas fotos do pôr-do-sol, mas não sem antes dar uma passada em Boulders Beach e interagir – pode-se até mesmo nadar – com pinguins africanos.
Table Mountain é uma atração à parte. Principal montanha da Cidade do Cabo, seu nome foi dado em alusão ao seu formato, que lembra o de uma mesa. Do topo, tem-se uma vista completa da península em que está a cidade. As alternativas para subir a montanha seguem o estilo da cidade, ou seja, são diversas. Há um bondinho, como o do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, trilhas e até mesmo uma escalada com direito a rapel, para os “aventureiros”.
Não há apenas maravilhas naturais na Cidade do Cabo. Para os turistas que gostam de maravilhas feitas pelo homem, conhecer o Green Point Stadium é um ótimo programa. Moderno e com uma arquitetura que chama a atenção, o estádio foi construído exclusivamente para a disputa da última Copa do Mundo de futebol e sediou jogos importantes, como uma semi-final do torneio.
História e modernidade misturam-se na África do Sul e, principalmente, na Cidade do Cabo.  Por isso, há diversos museus na cidade. O Museu do Distrito Seis, que conta a história de famílias segregadas pelo regime do Apartheid, é parada quase que obrigatória. Outro passeio de cunho histórico importantíssimo – e por isso extremamente famoso – é a visita a Robben Island. Esta ilha foi usada como prisão política durante o regime de segregação racial e foi onde esteve preso por quase 20 anos o líder Nelson Mandela. Sua cela foi mantida conservada e pode ser visitada, assim como toda a prisão.
Para completar a viagem, vale dar uma volta, ou muitas voltas, no V&A Waterfront. O complexo turístico-comercial é um dos destinos mais procurados na Cidade do Cabo, pois há de tudo: outlets, lojas de departamentos, feiras de antiguidades, passeios de helicóptero ou de barco, teatros e até mesmo um aquário gigante, o Two Oceans Aquarium, que tem esse nome por conter espécies dos oceanos Índico e Atlântico. Também há restaurantes e é interessante registrar que, para os amantes de vinhos, a África do Sul é o oitavo maior produtor da bebida.
Com tantas opções para os mais variados gostos e tipos, é impossível não se deliciar com a Cidade do Cabo. Aproveitar cada minuto da estadia na cidade é fácil. Difícil, porém, é aproveitar tudo o que a cidade tem para oferecer em uma única viagem.

Sugestão de Pauta - Pesquisas de Ciências Humanas na UFRJ


 A ideia é fazer uma matéria sobre as pesquisas científicas realizadas na UFRJ, especialmente na área de Ciências Humanas. Estamos costumamos a ver os resultados das pesquisas feitas nas universidades federais estampados na mídia em meio a contextos aplicados, de acordo com um interesse específico. Cientistas políticos e historiadores são convidados a contar um pouco da formação do país ou dar suas opiniões e sugestões para a melhoria de problemas sociais. Essa matéria pretende ir no sentido inverso, revelando os bastidores dessas pesquisas. Uma característica interessante que poderia ser ressaltada é a disparidade existente entre o enfoque que pesquisas científicas recebem em detrimento às das ciências humanas. Muitas pessoas desconhecem seus procedimentos ou, até mesmo, sua existência.
 
Seria importante destacar os desafios e principais problemas enfrentados por alunos e professores. Através de entrevistas eles poderiam esclarecer o que precisa mudar, qual o papel de órgãos como o CNPq e a Faperj e, de repente, até traçar um paralelo com os estudos realizados em outros países.
 
Uma possível coordenada é aproveitar o gancho dos 90 anos da UFRJ e fazer um levantamento do número de pesquisas já realizadas ou das mais relevantes e premiadas. Dentre as fontes utilizadas estão professores e alunos atuantes. Um bom gancho para a matéria será a  Jornada de Iniciação Científica, que acontecerá de 4 a 8 de outubro, momento oportuno para a realização de quatro a seis entrevistas e coleta de dados.

domingo, 19 de setembro de 2010

Manual de Redação - Uso do senão e de aspas e travessões

Por: Debora Coelho e Eliza Maia


Senão /Se não
O senão é utilizado em dois casos principais:
1-    Contradição/Oposição: quando é equivalente a do contrário, caso contrário, mas, mas sim, mas também.
Ex: Se a adaptação for rápida, o jogador vai para a partida. Senão, Danny Morais assume seu posto.
2-    Exceção: quando é equivalente a com exceção de, exceto, a não ser
Ex: Estados Unidos não têm outra solução senão retirar-se do Afeganistão.
O se não é utilizado em casos equivalentes a ou, caso não e quando não.
Ex: A secretária disse também que, se não houver redução nos gastos, as contas da Saúde vão fechar no vermelho, com uma dívida de R$ 204 milhões esse ano.

Aspas, declarações e travessões
As aspas são empregadas para marcar uma citação, para destacar títulos de livros, jornais, revistas ou palavras e expressões estrangeiras sem tradução ou aportuguesadas.
Ex: "Os jovens representam uma grande parcela dos eleitores. A gente quer entender para ter uma capacidade crítica maior e não votar errado", diz Oliveira, que vai às urnas pela primeira vez neste ano.
Ex: Vale dizer que os spywares não existem mais – pelo menos não como eram conhecidos na época (...)
As aspas simples são empregadas quando a palavra ou expressão a ser destacada já faz parte de um período entre aspas.

A declaração textual deve reproduzir de forma literal a fala do entrevistado e destacar informações relevantes que não poderiam ser averiguadas facilmente. Confere credibilidade ao texto e aproxima o leitor do personagem da notícia. É aconselhável evitar expressões da linguagem oral, como “é”, “tá” e “né”.
Quando for necessário acrescentar informações é importante usar colchetes para destacar que o trecho foi incluído pela Redação.
Ex: "Isso [valorização] aconteceria de qualquer forma. A capitalização apenas acelerou essa apreciação. (...)”

O travessão é utilizado para destacar termos da oração, às vezes fazendo o papel da vírgula. Ao abrir o travessão, deve-se separá-lo da palavra que o antecede e uni-lo a palavra seguinte. Ao fechá-lo, uni-lo à palavra que o antecede e separá-lo da próxima.
Ex: Os últimos processos envolvendo ministros ou foram extintos ou geraram apenas um alerta _como no caso em que Dilma se reuniu com o advogado Roberto Teixeira para tratar da venda da Varig sem registrar o fato na agenda.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Quem é o palhaço?

Por: José Roberto de Toledo
Reproduzido por: Ricardo Noblat
Indicado por: Cristiane Costa


Francisco Everardo Oliveira Silva corre o risco de ser o deputado federal mais votado do Brasil em 3 de outubro. Não se espante se você não reconhece o nome, nem seus próprios eleitores reconheceriam. Oliveira Silva é conhecido apenas por seu apelido, Tiririca.
Ele aparece em primeiro lugar no conjunto de pesquisas do Ibope sobre a eleição para a Câmara dos Deputados em São Paulo. Como é o Estado com o maior eleitorado, não será surpresa se Oliveira Silva acabar sendo o campeão nacional de votos de 2010.
Se você não tem visto muita TV nas últimas décadas e passou incólume pela propaganda eleitoral até agora, Tiririca é ator e palhaço profissional. Tem 45 anos, lê e escreve, se autodefine como "abestado" e seu slogan é "pior que tá num fica, vote Tiririca".
Não é uma piada. É um projeto político. Oliveira Silva é candidato pelo PR, em coligação que inclui o PT e o PC do B. Prova da seriedade do projeto é que, até o último dia 3, o partido havia investido R$ 594 mil, oficialmente, na campanha do palhaço. E não deve parar por aí.
Tiririca é o principal puxador de votos do PR, do PT e do PC do B em São Paulo. Se chegar a um milhão de sufrágios, seu excedente de votos elegerá mais quatro ou cinco deputados da coligação. O eleitor vota em Tiririca e pode eleger Valdemar Costa Neto (PR), Ricardo Berzoini (PT) ou o delegado Protógenes (PC do B).
O "projeto Tiririca" é um bom retrato do sistema de coligações que impera nas eleições parlamentares brasileiras - uma salada farta de siglas, conexões improváveis, legendas de aluguel e uma pitada muito pequena de ideologia.
Das 27 legendas que disputam as eleições para a Câmara dos Deputados, apenas os quatro partidos de esquerda (PSTU, PCO, PSOL e PCB) são seletivos nas coligações: não se misturam na grande maioria das vezes. Melhor deixá-los em um prato à parte.
Entre as outras 23 legendas da salada, vale quase tudo. O PP, por exemplo, coligou-se 169 vezes a todos os outros 22 partidos, em 26 das 27 unidades da Federação. O PRB fez igual. Isso significa aliar-se ora ao PT, ora ao seu arqui-inimigo PSDB, conforme a conveniência.
PP e PRB são os campeões das alianças, mas não são exceção. Das 23 legendas da salada coligada, só o PV fez menos de 100 conexões com outros partidos. Mas bateu na trave: 97. A salada é sortida. Tem de PT com DEM (uma vez) a comunista com democrata-cristão (seis vezes). Só não tem petista com tucano.
Se dividirmos a travessa em duas partes, numa ponta está o PT, na outra, o PSDB. O PMDB fica no meio. Perseguidos pelo poder, os peemedebistas aparecem como fortes aliados tanto de tucanos (6 vezes) quanto de petistas (11 vezes).
As conexões mais intensas do PT são com PC do B, PR, PRB, PSB, PDT e PMDB. E as do PSDB são com DEM, PPS, PSC, PMN, PR, PRB e PMDB. Mas as relações são abertas, não pressupõem exclusividade. Vez ou outra uma legenda dá uma escapadinha para o outro lado, sem culpa ou ressentimentos.
Os mais cínicos dirão que a política partidária brasileira continua a mesma. Mudam os nomes, mas não os sobrenomes. No seu "Deputados 2010", o Ibope identificou uma penca de herdeiros do poder (apud Francisco Antonio Doria) entre os favoritos a se elegerem para a Câmara.
São rostos novos para nomes conhecidos. Como os de Ana Arraes (Pernambuco), Ratinho Jr. e Zeca Dirceu (ambos no Paraná), ACM Neto (Bahia), Rodrigo Maia e Leonardo Piciani (ambos no Rio de Janeiro).
Nomes fortes foi justamente o que faltou para o PT paulista. O partido precisou improvisar nova estratégia. Além de se coligar ao PR de Tiririca, ressuscitou a tática de pedir votos para a legenda do partido. Está dando certo: a sigla do PT está em segundo lugar em citações no ranking do Ibope.
A falta de nomes conhecidos está confundindo os paulistas. Instado pelo Ibope a dizer em quem votará para deputado federal, há quem responda "Serra", "Fernando Henrique Cardoso", "Marina Silva", "Alckmin", "Mercadante" ou até quem evoque "Mario Covas".
De todos os Estados onde o Ibope faz seu ranking para a Câmara, São Paulo é onde menos eleitores são capazes de citar um candidato a deputado federal: apenas 12%. Em Pernambuco essa taxa já chegou a 19%, e no Distrito Federal, a 21%.
Não é de espantar, portanto, que Tiririca seja o mais lembrado entre os paulistas. Nem de que alguém tenha pensado em usar um palhaço como puxador de votos. Pensando bem, até faz sentido.


Publicado originalmente em: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/09/13/quem-o-palhaco-323955.asp

CAPE TOWN: CIDADE MARAVILHOSA DA ÁFRICA

Por Gonçalo Luiz Ribeiro

U
ma metrópole litorânea aos pés de uma cadeia montanhosa, considerada um dos principais centros do país, dona de largo repertório cultural e noite fervilhante, e lar de povo diverso, hospitaleiro e ‘cabeça aberta’. Os mais apressados pensarão que estamos falando do Rio de Janeiro. Mas não. A cidade em questão é Cape Town – Cidade do Cabo – na África do Sul, principal ponto turístico do sul do continente.

Um dos destinos mais atraentes da África, Cape Town cresceu a partir da criação de um posto avançado holandês no Cabo da Boa Esperança na rota rumo às Índias e ganhou complexidade populacional e étnica devido à colonização europeia (holandeses e ingleses) e à importação de mão-de-obra de Madagascar e da Indonésia. Hoje, é a capital legislativa da África do Sul, um lugar de misturas e liberdade de expressão (onde é permitido, inclusive, o casamento gay).

A comparação entre Rio e Cidade do Cabo é inevitável e começa com as praias. Algumas de águas muito geladas como a extensa Long Beach e Clifton –  a praia da moda, por onde desfilam as modelos e os mais badalados artistas locais ou estrangeiros. Outras, pela proximidade do Oceano Índico, com água mais quente e mais agradável ao banho. Um exemplo é a praia de Muizenberg, à leste do Cabo da Boa Esperança, extremo sul do continente africano.

Entretanto, mais do que para o banho, as praias da Cidade do Cabo trazem a experiência do convívio com os pinguins africanos, na reserva de Boulders Beach, e com as baleias na praia de Hermanus. Mas, dependendo da preferência do visitante, o contato com a natureza pode ser um tanto mais íntimo. Para tal, deve-se ir a Sandy Bay, uma praia (extra-oficial) de nudismo a 25 minutos de caminhada da rodovia mais próxima.

A comparação com o Rio de Janeiro ganha força de verdade na visita a Table Mountain (‘Montanha da Mesa’ em tradução livre), a principal montanha da cidade. Ela é assim chamada desde os primórdios da cidade em virtude de sua aparência plana e o turista pode “subir na mesa” de diversas formas. Para os mais bem dispostos, uma caminhada através das trilhas; para os radicais, escalada com descida de rapel; e para os mais conservadores, um passeio que soa familiar num moderno bondinho que gira 360° para oferecer todos os ângulos ao turista.

Entretanto, é preciso dar sorte com o tempo para que o passeio até Table Mountain seja perfeito. Não raro a montanha fica totalmente coberta pela neblina, produzindo o fenômeno que os locais  chamam de “toalha de mesa”.

Outra atração natural imperdível é o Cabo da Boa Esperança, ponto inicial da cidade. Portanto, além de um local de grande beleza natural, o popular Cabo das Tormentas possui também importante significação histórica. O que se pode ver no Castelo da Boa Esperança – um museu montado dentro de uma antiga fortaleza batava com extenso acervo militar e que conta a história daquela região. Há de ser feita somente uma observação: ao contrário do que muitos (inclusive locais) dizem, não é no Cabo da Boa Esperança que os oceanos Atlântico e Índico se encontram, o que ocorre mais a leste no Cabo das Agulhas.

Para turistas que não querem se preocupar com condições climáticas ou que preferem o ar de metrópole, Cape Town também oferece excelentes opções, com destaque para os museus. São muitos espalhados pela cidade. Alguns imperdíveis, como é o caso do Museu do Distrito Seis, que traz a história de diversas famílias que foram segregadas naquele lugar durante o regime do Apartheid. Outro, mais exótico, é o Museu do Transplante, que leva o visitante a conhecer tudo sobre o primeiro transplante de coração da história, ocorrido na Cidade do Cabo em 1967.

Há, no entanto, um lugar que, embora não seja especificamente um museu, carrega consigo uma extraordinária carga histórica. Este é Robben Island, a ilha onde esteve preso por quase 20 anos o líder e ex-presidente Nelson Mandela. Uma visita ao local para tomar ciência de um largo período da vida desta figura histórica e de como eram as coisas durante o regime de segregação racial é tão indispensável quanto a ida ao Museu do Distrito Seis.


Mas Cape Town não vive somente de sua história. O presente também dá seu show nesta metrópole moderna, oferecendo bons programas também aos notívagos.  O principal deles é um passeio pela Long Street, no centro da cidade, onde há intensa concentração de bares e restaurantes com música ao vivo e boates. Outra opção é o complexo turístico-comercial V&A Waterfront, no litoral, que oferece como grande  atração um aquário gigante com baleias e pinguins, além de lojas e restaurantes.


E quando se senta à mesa, não se pode deixar de provar as samoosas, uma iguaria malaia semelhante a um croquete com massa de pastel recheada. Por ser uma região litorânea, há fartura de frutos do mar, preparados das mais variadas maneiras. Para acompanhá-los, um bom vinho. Cape Town produz vinho desde 1655 e até hoje impulsiona a África do Sul ao posto de oitavo produtor mundial da bebida. Na região encontra-se um tipo nativo de uva, a pinotage (um cruzamento da pinot noir com a cinsaut), que resulta num vinho concentrado e encorpado.  A uva chenin blanc é outra que domina a produção local e da qual são feitos vinhos mais suaves e delicados. Há inclusive rotas turísticas que incluem a visitação das principais vinícolas da Cidade do Cabo, no Cabo das Tormentas, em Stellenbosch e em Constantia.

Ao final da viagem, os presentes para amigos e familiares estão nos shoppings de Canal Walk e Grand West. Lá, além de comprar, o visitante pode multiplicar ou torrar o seu dinheiro em cassinos. Em desejando souvenires, deve ir ao Green Market Square.

Aí sim, feito tudo isso, pode-se voltar para casa com a paz na consciência de quem aproveitou tudo o que podia da viagem a Cape Town esta autêntica ‘Cidade Maravilhosa’ na África do Sul.

Conheça as inúmeras riquezas de Cape Town

Por Felipe Lopes

A Cidade do Cabo na África Sul desponta como um destino perfeito para os viajantes que buscam diversão, beleza, modernidade e cultura. Capital Legislativa do país, a cidade apresenta uma harmoniosa mistura entre passeios turísticos, lindas paisagens, uma agitada vida noturna e uma história viva, que traz liberdade e consciência a seu povo após o fim do regime do Apartheid.


Localizada no extremo sul do continente próxima ao Cabo da Boa Esperança, a cosmopolita Cape Town ganhou ainda mais fama após a Copa do Mundo de futebol de 2010, por causa de seu belíssimo estádio Green Point, apenas um dos vários lugares a serem visitados na região.

Um dos principais atributos do local é a diversidade cultural. Sendo uma ex-colônia inglesa, francesa e holandesa, a cidade preserva traços europeus em grande parte de sua arquitetura. Assim como o resto do no resto do país, há 11 línguas oficiais, das quais se destacam o Inglês, o Zulu e o Africâner. Há também alguns bairros que se caracterizam como redutos de muçulmanos, judeus, brancos e negros. Apesar disso a cidade é conhecida por sua luta pela liberdade de expressão desde a época do Apartheid. Esses momentos históricos podem ser relembrados nos diversos museus espalhados pela região. O mais famoso deles, o museu da Ilha de Robben, que no passado serviu como prisão para ativistas políticos, incluindo Nelson Mandela, é considerado patrimônio mundial pela Unesco desde 1999.


O Safári de Cape Town

A três horas da Cidade do Cabo, encontra-se a Reserva Sanboa, situada na região vinícola de Little Karoo. A reserva possui um programa ambiental para devolver os grandes animais ao ambiente local. Nela os viajantes podem desfrutar de um emocionante safári, que proporciona um encontra incrível com leões, leopardos, rinocerontes e elefantes, quatro dos famosos Big-Five, os cinco mamíferos selvagens de grande porte mais difíceis de serem caçados pelo homem. Apenas o búfalo não é encontrado no passeio, pois ainda se encontra em cativeiro para reprodução e não está integrado à selva. Além disso, outra grande atração da reserva é o leão branco. Sanbona é o único lugar onde pode-se encontrar um grupo dessa espécie vivendo em ambiente selvagem. É a mais pura riqueza animal.


Outra forte característica da Cidade do Cabo são suas belezas naturais. Localizada entre o oceano e as montanhas, ela preserva fauna e flora impressionantes, incluindo grandes animais da savana africana, belos vales e lindíssimas praias. A humildade é alta e o clima é agradável, variando de 15 a 30 graus Celsius no verão e de 3 a 12 graus no inverno.

Incrivelmente integrado com esta faceta natural da capital, está o lado moderno de Cape Town. Também conhecida como a cidade que nunca dorme, ela é famosa por suas festas, bares, lojas, restaurantes e clubes noturnos. A Long Street é uma renomada rua onde se encontra as melhores opções de entretenimento durante a noite. Para quem gosta de compras, os lugares certos são os complexos de Canal Walk e Grand West.

Os programas turísticos são inúmeros e variam entre viagens de barco pelas praias, trilhas pelas grandiosas montanhas sul-africanas e até passeios mais radicais, que incluem rapel, bungy jump e windsurf. Outra ótima opção é a rota do vinho sul-africana, que passa por diversas vinícolas espalhadas pelas regiões adjacentes à Cidade do Cabo. Para quem gosta de um vinho de primeira uma boa escolha é Stellenbosch, onde foi criada a uva pinotage, uma exclusividade da África do Sul.

Se você procura aventura, belezas naturais e a mais pura alma africana, a Cidade do Cabo é o lugar ideal para sua próxima viagem. E se você procura tradição, conhecimento histórico, vida noturna e modernidade, ela é também. Portanto vá a Cape Town, aproveite a viagem e desfrute das mais puras riquezas africanas.

Informações:
Fuso-horário: GMT + 5:00
Câmbio: 1 Real = 4,15 Rands
População: 1,3 milhão
Área: 2.445 km2

domingo, 12 de setembro de 2010

O que a comunidade Spot.us pensa da objetividade?

Por: David Cohn
Indicado por: Cristiane Costa

The following post comes to us from Sameer Bhuchar, who is helping Spot.Us from Austin.

It has been said a thousand times before: The landscape of the modern media is changing. With today's more complex, active Internet ecosystem, the accepted norms of journalism are constantly being rewritten or tossed out all together. The Internet has bypassed the once highly regarded norms of gatekeepers at a news desk, and it now seems to be challenging the long held model of objectivity in journalism.

If there is an underlying theme to Spot.Us it is the idea that we expect our community to tell us what is important in journalism, rather than dictate it ourselves. With that in mind, several weeks ago, thanks to a generous sponsorship from Clay Shirky, we asked for your honest feedback about objectivity and journalism.

We let the 500 users who took the survey decide where the sponsorship dollars should go. In other words, we handed over a part of our budget to community members who let us figure out what the ethos is around objectivity in journalism. Community-focused sponsorship for the win! (Try our newest CFS. Let us know about important story ideas in your region and fund a story on Spot.Us for free).

Survey Results

Is there a clear divide between those who support the traditional idea of objectivity and those who take a different stance? Are there exceptions to the standard? How should journalism work for you? Some believe objectivity means reporting facts without bias, and that an article must be balanced and include multiple points of view. To many, objectivity in journalism is the most important standard of the profession. It was once considered the glue of the business, the one aim that let media consumers decide for themselves what was right and wrong.

Increasingly, however, the idea of traditional objectivity is being challenged by this new, proactive age of media consumers. To those who challenge the ideal, it is an outdated standard that has crippled journalists from digging deep into stories.
Keep in mind the survey results are not scientific and, as the political leanings graph shows, there was perhaps a self-selecting audience (the Spot.Us community). Nonetheless, with 500 respondents there was a diverse set of answers.

First and foremost it is important to note that about 52 percent of the survey takers were female and 48 percent male.

Also, close to 60 percent of the respondents identified themselves as liberals, with only 10.8 percent identifying as conservative. Close to 30 percent said they were independents. This could be reflective of where Spot.Us' traffic comes from (heavy in Los Angeles, San Francisco, Seattle and New York).

Responses to the question, "Is objectivity even possible?" show there are a large percentage of people with a changing idea about objectivity. Of the survey questions, perhaps this one and the responses associated with it were the most telling when it comes to attitudes towards objectivity. Only 13.5 percent (60 respondents) very clearly identified "objectivity" as being what journalism is all about.

This view point can best be explained through Spot.Us member Craig Gaines' extended response. "I define an objective piece as one that represents all viewpoints in a piece and allows readers to make up their minds about those viewpoints," Gaines said. "To do anything less is a disservice to, and disrespectful of, the reader."

A staggering 44.6 percent (199) people agreed with the answer, "Objectivity is possible but difficult. It separates wheat from chaff." In essence the answer implies that objectivity should be seen more as a quest for honest, factual reporting. Spot.Us member (and NewsTrust executive director) Fabrice Florin summed up this viewpoint well.

While objectivity is difficult to achieve, it is an important journalistic quality to strive for, particularly for factual news reporting, not for opinion pieces," Florin said. "For news reports, a neutral perspective helps present views from different sides without interjecting the author's personal opinions. Authors are welcome to post their own perspectives in their own opinion pieces, as long as they are clearly labeled as such. But journalists who want to serve society as neutral observers and referees should continue to report objectively on public issues they cover.

Of the respondents, 27.6 percent (123 people) chose the answer "transparency is the new objectivity," implying that it is the reporting of truth that is most important, rather than a detached account of a scene.
"I think that reporters ought to reveal their biases in each story as part of the narrative so as to partially disarm whatever criticism of bias they may receive," said member Paul Balcerak. "Doing so will provide a better service to the public and will create better journalism."

There were also 55 people who believed objectivity was impossible, and 9 people went as far to answer that objectivity "is a crutch to prop old media up."

This is all just the tip of the iceberg. Other questions sought to discover the community's view of how important objectivity is (always required, sometimes, never, etc.), and to help gauge the respondents' relationship to journalism (a professor or as an avid news reader, for example). We believe that in aggregate this survey provides unique insight into what people from the Spot.Us community want and expect from the media.

To drive the point home, we've included anecdotal responses from our insightful community members who gave us permission to publish their answers. (These were used to create the above Wordle.)
Perhaps what we can learn from all of this is that objectivity, while important as an ideal of fairness, should not be seen as a way of achieving "detached-ness," if you will. But heck, this blog post is by no means unbiased, so even that assumption may not be accurate, or apply to you personally. One thing the respondents did uniformly agree upon is that reporters should unabashedly seek truth. While pure objectivity may be impossible, being honest isn't.

Community Views

Below is a selection of comments from the wisest people we know -- our community. Here's what they had to say about objectivity:

"In journalism school I was very swayed by the 'Transparency IS the new objectivity' school of thinking, and the notion that everyone has bias and perspective, and so any attempt to avoid that is foolhardy. From my insider perspective, my own biases and opinions seemed magnified and huge. However, since I haven't been working as a journalist and have been, instead, consuming local media (increasingly independent and citizen/blog driven, as the local establishment journalism withers away) I've longed for the ideal of objectivity while recognizing it might never have been truly practiced. I've grown to strongly dislike the strongly and biased opinionated citizen journalism I am now surrounded by, because it so often willfully refuses to dig deeper and more broadly and is so very proud of its 'perspective'. I am often left with a long list of simple questions I think *I* would have asked just to get the whole story." -- Saheli Datta

"I don't believe what we've traditionally defined as objectivity in the media is actually objectivity--it's more like perceived impartiality. I think that reporters ought to reveal their biases in each story as part of the narrative (writing in first-person would make the process a lot less awkward, by the way) so as to partially disarm whatever criticism of bias they may receive. Doing so will provide a better service to the public and will create better journalism." -- Paul Balcerak

"Objectivity was a marketing technique invented by the AP 100 + years ago. It's well suited for monopoly style newspaper production but shits the bed when media representation of similar events increases... Debunking objectivity as a concept is as easy as shooting ducks in duck hunt, but fact of the matter is that if *we didn't* believe in objectivity our lives would be intolerable.
"Therefore the question isn't about whether objectivity in journalism is possible, it's how does a person come to see media as objective? That's where things get interesting and where a lot is getting disrupted. The meaning of an event doesn't happen until it's represented and what we are seeing is an explosion in meaning at the sign of *any event*. See Stuart Hall, he's pre-Twitter but his points are just as valid." -- Cody Brown

"Transparency means more than understanding where the journalist's bias lies; it means that the journalist or reporter does things like crowdsource some questions, work in partnership with community journalism initiatives already underway, blog about the progress on a story and explain what the next steps are (unless it's a super-secret undercover investigation), record interviews and give public access to the full transcript as well as the audio file, etc. Transparency means addressing reader concerns and input about pieces and continuing the conversation after one story is published." -- Suzi Steffen

"A journalist's background certainly matters in how they interpret subjects, but the job is to look close, ask questions, and get the details right. More and more, unfortunately, it's also about checking out sources and making sure none of them are lying. With more and more resources dedicated to "spin" this part is important and often accounts for why a lot of people reject a good story as objective or biased - because they've been dished the spin in other platforms. But objectivity really is the name of the game." -- Lee van der Voo

"In most mainstream news reports I hear, including a good number on NPR, there's an annoying trend toward presenting one side and then the other, while completely evading the question of which side might be right! This is a perverted effect of the mania that journalism has for supposedly unbiased an objective reporting. Too often in the name of objectivity journalists avoid taking principled stands on anything; too often monied interests can distract the public's attention from their own dubious business practices by trotting out a voice of dissent rationalizing their stand -- which, of course, will get equal air-time." -- Anneke Toomey

"There is a saying somewhere: Objectivity is not possible, but fairness is. That is to say: are all sides, all points of view represented honestly and with the same weight? Ultimately, I'd say objectivity is a personal trait, fairness is a professional trait that pertains to our profession as journalists. Strive for fairness." --  Barbara Gref

"No journalist is truly objective, if that term is meant to mean someone who has no opinions about the subjects he or she covers. Subjectivity starts right from the point at which a journalist chooses a subject to cover and goes right on through to who is interviewed, what quotations are selected, how the headline is written, and on and on. But what makes journalism different from other practices with which it is sometimes confused, such as PR or politics, is that journalists are in the business of *independent* verification of fact." -- Robert McClure

"No one is truly unbiased or objective but that doesn't mean that a good reporter doesn't look for the truth behind everyone's agenda. Objectivity means not sitting on a story that would make someone look bad just because you're invested in their success. I almost said "Transparency is the new objectivity" only because it is the latest and most fabulous word to throw around. Transparency only helps identify lapses in objectivity, it doesn't replace it. As for transparency, it certainly helps identify lapses in objectivity, but it doesn't replace it." -- Amanda Hickman

"Objectivity often means portraying both sides of the story but without considering power & privilege, you can never get both sides of story. It would be like looking at African Americans & crime in inner cities without looking at the effects of institutional racism and how poverty/availability of drugs/housing blight/welfare policies etc contributes to crime. Journalism needs to put more emphasis on telling the stories of the underserved and marginalized and those most impacted the those who have power." -- Micky Duxbury

"No one is objective. The best we can do (instead of  pretending to be objective) is being transparent about our biases so readers are aware and can judge our content as they feel is appropriate. That said, it doesn't mean we should turn every article into a ranting, biased blog post, or even take a side on an issue we're covering. We just need to stop pretending true "Objectivism" exists." -- Lauren Rabaino

"While objectivity is difficult to achieve, it is an important journalistic quality to strive for, particularly for factual news reporting (not for opinion pieces). For news reports, a neutral perspective helps present views from different sides without interjecting the author's personal opinions. Authors are welcome to post their own perspectives in their own opinion pieces, as long as they are clearly labeled as such. But journalists who want to serve society as neutral observers and referees should continue to report objectively on public issues they cover." -- Fabrice Florin

"I find writing by people who disclose and discuss their biases/backgrounds dramatically more compelling than sterile I-refuse-to-take-sides-so-decide-for-yourself writing. I think it's possible to explain and analyze both sides of a story and fulfill a journalistic purpose without sitting on the fence." -- Katie Lohrenz

"Everyone has opinions, and we are all entitled to have them. Journalists are no different. I like it when a journalist tells me how he/she arrived at an opinion, and any part of his/her backstory that will help me to assess credibility. Transparency is certainly part of the picture. What isn't helpful is a journalist who simply reports the sound bite from one side and then gathers the sound bite from another side and calls it a story - without stopping to investigate whether the facts can back up either side." -- Laurie Pumper

"I don't think it is absolutely necessary to be objective, but if you aren't going to be objective, it is absolutely necessary to be honest about it." -- Luke Gies

"Objectivity should be the goal for journalism. Reporting all sides of the story without bias is ideal. Unfortunately we live in a very polarized climate. Shock value, knee jerk reactions and stubborn opinion rule the day. I really appreciate news sources that don't resort to playing to that audience." -- Marie Rafalko

"Basically, 'objectivity' in journalism began post WWII as a strategy to make news content more palatable to a broader advertiser base. That worked -- and it helped enable newspaper consolidation in many cities. But the strategy took on a life of its own -- and while it yielded some benefits, it's a fundamentally not credible premise. Journalism is created by people, and people are not objective. As media has become multidirectional, it's become ridiculous to try to ignore that reality. News organizations that choose a veneer of objectivity over the practice of transparency undermine their own credibility. The sad thing is, many news orgs cling to their veneer of objectivity because they think it builds credibility. They're eating their own dog food." -- Amy Gahran

"I chose my answer by eliminating the others. I know it's not always possible. It's really tough. But transparency is absolutely not an alternative to objectivity. Fox News is transparent. It's not good journalism. Saying transparency can replace objectivity basically says that journalism can be produced by interest groups, as long as they're honest about who they are. That's no good for anyone, except for the interest groups." -- Molly Samuel

"The U.S. journalism establishment has determined that they are smarter than consumer sand therefore must talk down, water down, simplify news stories. Their fear was that no one would read the paper. Really.

"If all the facts were reported AND an effort was made to make media literacy an elementary school requirement we might have real journalism again in this country in a generation or so. Or promote and support online platforms that present facts and commentary separately. Then let traditional media fend for themselves." -- Todd O'Neill

"It's never possible, but always desirable. That is, complete objectivity is probably impossible, because we aren't always aware of our prejudices. But, it is what we should strive for, regardless. So, it is very important to attempt, but also to be aware that we may have blind spots, in order to avoid the arrogance of believing you are able to step completely out of your own biases." -- Rebecca Church

"To an extent, I agree with 'Transparency is the new objectivity,' but I don't think it's sufficient. I think pursuing objectivity while being transparent is crucial. Journalists should make every effort to escape their biases, explore other perspectives, and challenge their assumptions of what are and are not significant/authoritative voices, but they shouldn't do so at the cost of reporting and storytelling. However, they should acknowledge where they can where they are coming from, what perspectives they might take into the discussion, and what assumptions they are starting with so readers/audiences are able to make an informed analysis of the journalist's credibility." -- Bill Lascher

"'Transparency is the new objectivity' is a fun riff, and it's close, but I think we (in the media business) grossly overstate the public's interest in our affiliations and conflicts." -- Ryan Sholin
"Science, going back to the Heisenberg principle in the 1920s has proven that observation has an effect on the thing observed. Also, you can play 'he said-she said' journalism, but one statement has to come before the other. Determining the order is the reporter or editor's subjective choice and determines the slant of the story." -- Kellia Ramares

"Objectivity is not rewarded by anyone, not the public and not the corporate new organizations. It's become like Don Quixote chasing windmills." -- Shari Brandhoy

"Objectivity is impossible. There is no such thing as a human or institution without opinion. Therefore, it's best for us to know the bias of the reporters. That said, a statement of bias doesn't give license to lie or omit facts. Transparency is twofold:
• a statement of bias
• a commitment to releasing all information in an honest manner." -- Joey Baker

"Shirky has made me bias on the topic - journalist was a special class of citizen when you needed a press. Now every resident has a responsibility to be a journalist. Who is going to write about neighborhoods - when crime is not the topic? Newspapers and other media outlets have always done a poor job covering my home. So who does that responsibility fall to - someone with a stake in the future of that neighborhood. And while I want accuracy and independence, I want the reporter, journalist, or citizen to offer their educated take on what this all means for the future of the area." -- Eddie North-Hager

"The very definition of dialectic is pastiche. How can anyone be objective while still being informed? Transparency at least offers honesty and a path for the reader to follow." -- Clarisa Morales Roberts

"I define an objective piece as one that represents all viewpoints in a piece and allows readers to make up their minds about those viewpoints. To do anything less is a disservice to, and disrespectful of, the reader." -- Craig Gaines

"There is fairness but not objectivity. Everyone decides where to look, what facts to portray, how to frame what they're seeing. Even a pointed camera is not objective -- where the lens is pointed, how the zoom is set ... these all determine what's seen and how." -- Dorian Benkoil

"Debating object/subject is an endless philosophical waste of time. Facts, and trends, data, information, systems analysis all are much more relevant to discourse around solving the complex problems we face today and in the future." -- Stephen Antonaros

"I believe that objectivity is the single most dangerous goal journalism can work towards. It is impossible for a human being to produce a genuinely non-biased piece of writing, but it is simple for a writer to mimic the tone of authority that a member of society is educated to frame as truth. Journalism should strive for transparency - not as a new objectivity, but as a drastically different and more democratic concept of media's responsibility to present and portray information." -- Rebecca Glaser

"Objectivity is impossible, it's an illusion and a myth often used to maintain flat, two-dimensional reporting that implies there are simply "two sides." What's far more important is accuracy, vigorous inquiry and story dimension--looking for texture and layers of debate, and letting the facts tell the story; two 'sides' are not 'equal' if one is heavily fact-based and the other is just opinion." Christopher Cook

Publicado originalmente em: http://www.pbs.org/idealab/participation/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+pbs%2Fidealab-feed+%28idealab-feed%29#007407