Uma tradução para "leak" (inglês) é vazamento, aqui no sentido de "vazamento de informação". E "wiki" vem da Wikipedia, a enciclopédia livre, on-line - gostem dela ou não, a maior do mundo. O WikiLeaks começou em 2007, mas tem ganhado o noticiário neste ano. Seu objetivo é garantir a livre circulação de informação.
Mas a internet já não faz isso?
O WikiLeaks quer ser, justamente, um território neutro, não-censurado, mesmo para governos como o chinês, que tem poder até sobre o Google. Um outro objetivo do WikiLeaks é divulgar informação sensível, que, normalmente, não circularia e que, supostamente, protegeria interesses de governos e até de corporações.
A grande inspiração, nesse caso, talvez seja o escândalo de Watergate - que derrubou um presidente dos Estados Unidos e que aconteceu sem o WikiLeaks, obviamente, mas que pode acontecer, agora, menos trabalhosamente, contando com um espaço não-governamental e não-comercial, para armazenamento de informações.
Logo, mais um objetivo do WikiLeaks é proteger a "fonte", garantindo seu anonimato e sua segurança. O principal alvo do WikiLeaks são as ditaduras e tiranias que persistem no mundo. No seu "About", há o exemplo de uma ação do WikiLeaks no Quênia, que reverteu o resultado de uma eleição, descontinuando um governo corrupto.
Um segundo alvo do WikiLeaks são as grandes corporações, que, financeiramente, podem ser maiores que governos como os da Bélgica, da Dinamarca ou da Nova Zelândia, mas que nem sempre garantem princípios básicos de cidadania. Em grandes empresas, muitas vezes não há liberdade de expressão (alguém se lembra do "abriliano" que criticou a Veja?), falta transparência e grandes decisões não são discutidas, são impostas (entre outras coisas).
O WikiLeaks acredita que pode contar com as "consciências" das pessoas que trabalham nesses lugares - e que, notando algum comportamento desviante ou nocivo, podem servir de "fontes", a fim de que todos os interessados sejam informados, através do WikiLeaks, e que a justiça seja feita, afinal. Conforme resume seu "About": "A 'governança aberta' é a maneira mais eficiente de garantir a boa governança".
Com tanta injustiça sendo cometida no mundo, com tanto abuso de poder, em governos e empresas, como o WikiLeaks vai checar seu enorme fluxo de informação? Sua resposta: o WikiLeaks tem editores responsáveis, pode recorrer a especialistas externos, mas, sobretudo, confia que a própria comunidade, em torno do site, ajudará a avaliar a qualidade do material postado. O Wikileaks assume, inclusive, que soa um pouco ingênuo querer "combater o mal" dessa forma, mas observa que as grandes realizações humanas, antes impossíveis, só aconteceram com uma boa dose de ingenuidade.
Link do texto original: http://www.digestivocultural.com/arquivo/nota.asp?codigo=1727&titulo=WikiLeaks,_uma_arma_contra_o_abuso_de_poder
Museus mais famosos de Nova York ainda são boas opções de passeios e programas culturais na cidade
Por Livia Sant'ana
Imagine uma cidade cheia de vida, com uma população simpática, uma rede de metrô invejável, opções boas e baratas de acomodação, que abriga alguns dos maiores, antigos e mais importantes museus do mundo? Essa é Nova York.
A famosa “Big Apple” é conhecida por locais como o Empire State ou a Times Square, sem contar com os espetáculos deslumbrantes da Broadway. Mas além de tudo isso, a ilha de Manhattan também é lar de alguns dos museus mais famosos do mundo, como o Museu Nacional de História Natural, o Metropolitan Museum, o Museu de Arte Moderna – MoMA e o Guggenheim. Eles misturam arquitetura, arte, história e interatividade tão bem que até quem torce o nariz pra esse tipo de programa cultural, no fim acaba se rendendo às atrações que os museus nova-iorquinos oferecem durante todo o ano.
Uma ótima opção para economizar na compra dos ingressos – que podem ter preços um pouco salgados – é adquirir o City Pass, à venda em qualquer um dos museus citados acima e também online. O City Pass é uma espécie de boleto que reúne os ingressos de várias atrações turísticas da cidade, por um preço bem mais em conta do que se os ingressos fossem comprados separadamente em cada atração. Além disso, com o City Pass o visitante tem direito a filas exclusivas – o que pode ser muito útil se a visita aos museus for feita num fim de semana – aparelhos de áudio e espetáculos dentro dos museus.
É muito fácil chegar a qualquer um desses museus de metrô, de qualquer lugar da cidade. Nova York possui uma extensa rede de metrô, que abrange a ilha de Manhattan inteira. Por mais que no início os mapas pareçam confusos com todas as cores e linhas diferentes, é possível se encontrar. Cada um desses museus possui uma ou duas estações próximas. Se a estadia na cidade durar uma semana ou mais, é interessante adquirir o cartão do metrô que dá acesso ilimitado a todas as estações durante uma semana, por 27 dólares. Dependendo da distância – e da preguiça – ir de taxi também pode ser uma boa pedida. Os taxis não são tão caros, e conversar com o taxista pode ser uma experiência interessante se o visitante tiver um pouco de sorte.
Como a rede de metrô de Nova York é bem extensa, não existe espeO maiscificamente um melhor lugar para se hospedar e poder visitar os museus com praticidade. Entretanto, para quem gosta de ficar na agitação da cidade, uma boa pedida são os hotéis da rede Wyndham Garden, especialmente o localizado na Times Square. Perto da Grand Central Station por onde passam todas as linhas de metrô, confortável, moderno e com um bom preço, o Wyndham Garden Times Square pode ser uma ótima opção. Já para aqueles que não abrem mão de tentar se sentir em casa e ao mesmo tempo fazem questão de estar no coração da cidade, na 46th Street - a famosa Rua dos Brasileiros - a apenas alguns passos da Times Square, encontra-se o hotel Ipanema Chalet. Com uma rede de funcionários composta praticamente apenas de brasileiros, Globo Internacional em todos os quartos e diárias em conta - além do restaurante de comida brasileira - é um hotel pequeno e simples. Seus apartamentos funcionam no esquema de apart-hotel, com utensílios de cozinha, frigobar, microondas, cafeteira e fogão.
O mais rico acervo de arte moderna do mundo: MoMA
Considerado o museu de arte moderna mais influente do mundo, o MoMA foi aberto ao público pela primeira vez apenas 9 dias após a queda da Bolsa de Nova York, em 1929. Recentemente reformado em 2004, o museu reúne desde desenhos e pinturas de artistas renomados como Picasso, Salvador Dalí, Van Gogh, Monet e Cézanne até esculturas, obras de arquitetura e design, além de exposições de fotografia, filmes e videoartes (passando repetidamente em televisões de LCD nas paredes do museu) de artistas contemporâneos. A recente exposição da artista Marina Abramovich com suas instalações e performances polêmicas deu o que falar. Também bateu recordes de público a exposição das esculturas, desenhos, figurinos e curtas-metragens de Tim Burton, mais conhecido como diretor de filmes como “Edward Mãos de Tesoura”, “A Fantástica Fábrica de Chocolate” e o seu mais recente “Alice no País das Maravilhas”.
É preciso separar pelo menos uma tarde inteira para visitar o MoMA com toda a atenção que ele merece. A arquitetura do museu fascina qualquer um logo no hall de entrada. O prédio, todo envidraçado, já é por si só uma obra de arte. Seu jardim interno com esculturas de artistas como Picasso funciona como um oásis de arte no meio da selva de concreto que é Nova York. Com o City Pass, o visitante tem o direito de usar o aparelho de áudio que descreve com requinte de detalhes (em Espanhol, Francês, Alemão, Japonês, Inglês...) cada uma das obras dos mais de 70.000 artistas que estão presentes no museu.
A espiral de concreto no meio da cidade: Guggenheim Museum
Considerado um ícone da história da arquitetura, a primeira coisa que chama atenção no Guggenheim Museum é, obviamente, a sua forma: uma espiral branca de concreto do meio da calçada. Uma verdadeira obra-prima do arquiteto Lloyd Frank Wright - ainda mais se pensarmos que foi inaugurado em 1959.
A lógica interna do museu também não é nada tradicional. Enquanto nos outros museus as obras de arte são organizadas através de corredores e diversas salas, no Guggenheim o visitante admira grande parte do acervo descendo as rampas que compõem o design em espiral da construção, com uma clareira de vidro no centro do teto do museu.
Ao contrario do que possa parecer nas fotos, o museu não é muito grande e pode ser visitado em algumas horas. O fura-fila do City Pass pode ser ótimo nos fins de semana. O Guggenheim Possui um grande acervo de obras impressionistas, de arte moderna e contemporânea. Lá estão obras de Kandinsky, Chagall, Miró, Picasso e muitos outros. Sua lojinha está repleta de itens interessantes, e o restaurante Wright também oferece boas opções no cardápio de preços um pouco salgados.
Uma verdadeira viagem pela história do mundo: Metropolian Museum
Inaugurado em 1872, com mais de 190.000 metros quadrados, uma das maiores galerias de arte do mundo e um acervo fixo de mais de 2 milhões de peças, é impossível ver tudo o que há exposto no Metropolitan Museum em um dia só. Ou talvez, nem em dois. O fura-fila do City Pass também é útil por aqui, pois o museu recebe visitas de turistas, escolas e universidades de todo o país e do mundo durante o ano todo.
A impressão que se tem é a de que conseguiram colocar lá dentro toda a História da civilização ocidental desde a Grécia Antiga até os dias de hoje – não é a toa que um dos slogans do museu é “5.000 anos de arte aqui”.
Ele é composto por diversas galerias repletas de obras de arte de cada época da História do mundo. Cada galeria é cuidadosamente decorada de acordo com a época que representa, fazendo com que o visitante tenha a impressão de que fez uma viagem no tempo.
Há a galeria egípcia, com réplicas de pirâmides impecáveis; a galeria medieval, com armaduras e espadas fascinantes; a galeria da antiguidade clássica, com as famosas esculturas gregas; a galeria de instrumentos musicais, simplesmente fascinante, com instrumentos de todos os lugares do planeta e das épocas mais antigas, além das galerias africana, vitoriana, asiática, islâmica, bizantina, sul-americana... Cada uma delas possui em suas paredes mapas e textos bastante detalhados sobre como a vida era em cada uma dessas épocas, os povos que viveram em cada lugar, seus costumes, sua cultura, suas lendas, suas roupas, enfim, tudo.
O museu tem um programa de exibição de documentários relacionados a algumas de suas exposições permanentes durante o ano todo, e além disso, seus aparelhos de áudio explicando (em Inglês e em Espanhol) cada uma das obras também é repleto de informações interessantes.
Uma verdadeira aula de História, com H mais do que maiúsculo.
Desde o Big Bang até o Aquecimento Global dos dias de hoje: Americam Museum of Natural History
Por último, mas não menos importante, temos aqui o museu que se propõe a contar toda a história da fauna, flora e geografia do planeta Terra e incrivelmente, consegue.
Fundado em 1869 – portanto, o mais antigo dessa matéria – é de longe o museu mais moderno, didático e interativo de todos. Há shows com lagartos e répteis ao vivo, aulas com esqueletos de dinossauros e também o mais novo show chamado “Journey to the Stars”, onde um filme narrado por Whoopi Goldberg e projetado no teto do planetário do museu conta a história da criação do universo, das estrelas e dos planetas. As imagens são impressionantes e tem-se a sensação de que você está realmente viajando no espaço. Quem possui o City Pass tem direito a assistir a este show de graça.
O museu é gigantesco. Repleto de diferentes seções com animais tão meticulosamente empalhados que parecem vivos – desde aves da América do Norte até os Mamíferos Africanos – o visitante precisa de um dia inteiro, ou talvez mais de um, pra ver as galerias de cultura, de fósseis, de biodiversidade, de aves e de mamíferos.
As crianças também são prioridade e são oferecidas diversas atividades para os pequenos. Cenário do filme “Uma Noite no Museu”, o museu resolveu organizar noites nas quais as crianças podem literalmente dormir por lá, com uma programação repleta de atividades didáticas e refeições inclusas.
Com uma arquitetura incrível, o Rose Center of Earth and Space é um anexo ao prédio do museu e responsável por mostrar toda a parte relacionada à criação do universo, dos planetas, vulcões e geografia do planeta.
É o lugar mais interativo do museu, onde o visitante pode pisar em balanças no chão e saber qual seria o seu peso em cada planeta do sistema solar, por exemplo. Além disso, há painéis interativos por todos os cantos, onde o visitante pode assistir a vídeos explicativos e brincar com o as telas touchscreen.
As lojas tanto do Rose Center – com seus brinquedos e objetos inusitados, como um capacete de pelúcia da NASA ou pedaços de meteoritos – quanto a do próprio museu são imperdíveis, apesar dos preços um pouco salgados.
Em Nova York, quanto mais antigo é o museu, mais interativo e moderno ele é. Cada museu tem sua arquitetura e conjunto de obras, que só tornam a visita à “capital do mundo” cada vez mais especial.
Serviços:
Onde Ficar:
Wyndham Garden Hotel Times Square – 341 West 36thStreet
Quando ir: Tanto verão (julho/agosto/setembro) quanto inverno (dezembro/janeiro/fevereiro) oferecem ótimos programas.Os museus ficam abertos o ano todo e em NY toda época do ano é época de visitar a cidade.
Como ir:
A empresa de viagens CVC possui pacotes o ano todo a partir de R$ 2.974,00.